24 de maio de 2015
21 de maio de 2015
17 de maio de 2015
Lição para quando nos impotencermos
Mesmo um torturando tem poder, se for ainda capaz de rir-se de seus algozes.
Ineficiência intra-orgânica
Aquele ali não voa, apesar de esbeltamente alado. Ocorre lhe faltarem pernas, sem as quais o seu furioso bater de asas não é senão um desengonçado arrastar-se na lama.
13 de maio de 2015
12 de maio de 2015
Sabotagem
Nossos sentimentos são soberanos. Se os quisermos depôr, será preciso mais que um pouco de anarquia.
10 de maio de 2015
Saborosamente definicional
Pode um compêndio lexical ser pedaço de literatura? Pois que tenhais duas definições, tão incompletas quanto incompatíveis, distantes entre si como a barba marrom de um homem é de sua fidelidade amorosa:
Um livro é um esforco de coerência.
Opressão é vetor de violencia sistêmica.
Todo homem é um dicionário.
5 de maio de 2015
Meia dúzia
O que fazer quando longas covardias são detectadas?
Não se pode fazer muito. Meia dúzia de decisões artificiais com resultado previsível devem bastar. Uma dieta, uma ginástica, um exercício respiratório, uma música, um banho e um cochilo.
Não se pode fazer muito. Meia dúzia de reflexões nostálgicas sobre a sabedoria do passado devem bastar. Uma carta, uma composição musical, um sonho, um livro, um cheiro e uma caminhada.
Não se pode fazer muito. Meia dúzia de textos curtos de média qualidade devem bastar. Um poema de amor, uma crônica de solidão, uma máxima de filosofia, um imperativo de ética, uma linha de diário e uma anotação de sonho.
Não se pode fazer muito. Meia dúzia de olhares sinceros na direção do sol devem bastar. Para frente, para frente, para frente, para frente, para frente e para dentro.
Não se pode fazer muito.
4 de maio de 2015
Assinar:
Postagens (Atom)