12 de fevereiro de 2013

Ouve teus conselhos de adolescente

O amor não pode se tornar uma distração. Ele não cura sintomas - ele os faz desaparecer. Mas não se engane: eles reaparecerão. Maximizar o amor – superdimensioná-lo – fará apenas com que seus sofrimentos pareçam comparativamente menores. É no pêndulo entre o amor e o não-amor que melhor você vai conseguir se enxergar. Não segure este pêndulo. Não use o seu amor para fugir de si. Use-o para se perceber. Para, então, poder amar mais e melhor. As coisas prazerosas da vida não precisam de mais tempo ou energia do que espontaneamente somos capazes de lhes dar. Atente-se sempre às horas em que você estiver desviando energia de outro lugar, sentimento ou coisa para o amor ou uma brincadeira ou um trabalho (para nós que consideramos o trabalho um prazer, é claro): isso é o começo de um vício e com ele você diminui o amor, a brincadeira ou o trabalho – não o enobrece. Porque a nobreza está em dispensar às coisas apenas a quantidade de tempo e energia que elas nos pedem. O amor tem um tamanho: tentando aumentá-lo, diminui-lo-á.

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