Do choro nascem duas coisas: a poesia e a saúde. Nossos olhos molhados primeiro turvam, mas em seguida, se sobrevivermos, purificam. Nosso sal dá gosto ao que antes era impalatável. Nossa morte é sempre adubo. De nós mesmos não somos a planta — somos o solo. Deixemos nossas folhas cair. Pereçamos. Ajoelhemo-nos, choremos, caiamos.
Se sobrevivermos, voltamos mais fortes. Se morrermos, os outros herdarão nossa força. Permanecer vivos na fraqueza e na secura — essa é nossa única proibição.
Meu sangue é o teu sangue. Somos todos seiva do mundo.
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