24 de fevereiro de 2021

Do amor-próprio a saudade

Cortou-se no vento frio que vinha de dentro
Paralisado, desceu.

A umidade assombrava, como se tudo ali
fosse tocado por uma falta de sol

Muita poeira, pouca ação
Aranhas infelizes teciam-no escuro

De longe a tristeza se confundia
com uma faca

cujo fio residia no cabo, 
de forma que era cega para fora

Cortava ao contrário, abrindo
o punho de quem a empunhava

Todo sujo de sangue,
apodrecia devagar

matando aos poucos
sem nada

cérebro ruim
poesia ruim

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