7 de dezembro de 2009

Crítica à melancolia gelatinosa

[perdi a(s) primeira(s) parte(s)]

[…] Ainda mais essencial à minha sobrevivência do questes outros. Por isso também tem crescido meu interesse por biografias, quero tanto que escrevam minha história, às vezes escrevo só para dar conteúdo a meus biógrafos. Olha que inversão cega, esdrúxula!

A verdade é que pouco a pouco nos meus tédios e nos meus ócios, nas minhas leituras e nas minhas terapias, nas minhas paixonites e também nos meus amores, vou cultivando os meus escassos meios de responder a essa questão “de que tenho medo eu?”, uma questão tão fundamental para que eu chegue ao místico “quem sou?”, que promete ulisses.


Eu tinha que fazer gelatina, mas não tem. Tampouco tenho fotos.


Não estou empunhado de meus algodões-doces, é verdade, mas tenho penas e pincéis, com os quais vou-me desenterrando e pintando, descobrindo-me, formando-me. É, é verdade. Todo esse blog, toda a minha “obra”, a minha pouca embora valiosa arte, é uma constante reiteração disso, enfatização dessas perguntas, este meu querer ser.

Quem sou eu? disse por último, antes que as palavras se perdessem num vácuo de levitação. Apaixona-te!, faz tua aprendizagem, ouviu sussurrar. Talvez tenha sido o vento.

Um comentário:

  1. "Mas isso não se pergunta. E a pergunta deve ter outra resposta. Não se faça de tão forte perguntando a pior pergunta de um ser humano. Eu, que sou mais forte do que você, não posso me perguntar "quem eu sou" sem ficar perdido".

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