29 de janeiro de 2013

Por um bom uso dos imperativos

"Eu acredito, do fundo do meu coração, que você não deve fazer isso. Não faça isso."

"Quando você fala assim, eu sinto como se estivesse recebendo uma ordem, e isso me ofende porque eu acredito que as pessoas devem se esforçar para ajudar os outros a tomar suas próprias decisões - e não empurrar-lhes suas vontades!"

"Mas, querida, você está recebendo uma ordem - uma ordem que vem do fundo do meu coração e que tem por objetivo o seu próprio bem. Não confunda receber ordens com a obrigação de cumprí-las: você só deve cumprir as ordens que julgar adequadas. A sua crença de que as pessoas devem tomar suas próprias decisões, dela eu partilho!, mas considero-a um pressuposto da comunicação - e não seu objetivo. Permitamos o uso dos imperativos (assim como dos gritos, dos choros e dos socos), quando forem adequados e sinceros, pois, afinal, não precisamos temê-los, já que estamos entre amigos, todos vacinados. Continuarei a lhe dar ordens, pois confio na sua capacidade de desobedecê-las."

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