E se a convalescença — o valor supremo para todos nós que estamos doentes — necessitar dos nossos gritos e quedas e da mais profunda dor e supremo sofrimento? E se, ao final de cada sessão de tortura, remitisse-se o câncer de que padecemos? E se houver sono, verdadeiro descanso, depois das mortes? Que caminho é esse? Por onde se vislumbra dor e escuridão, por onde sequer réstia de luz nos chega a iluminar... Estaremos confundindo, como os antigos, sofrimento com crescimento? Seremos nós parte desse conjunto insuportável de miséria — desnecessária, sem fio nem alvo — dos homens? Habitamos a galeria dos mortos-vivos? Viveremos?!
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