24 de fevereiro de 2017

Vita contemplativa

Diferente do corpo, a alma se fatiga quando não se mexe. Por isso a inação espiritual é tão perigosa e a preguiça mental, tão difundida. Pois, almejando “descanso”, condenamo-la ao repouso — e nada é mais tóxico para a alma do que o repouso. Não. A alma precisa de ação — sua ação. Quanto mais se agita, mais se convalesce. Bem aventurado aquele que tem diante de si tarefas da alma: pois dele é o reino do espírito e para nada lhe faltará gás. Entende agora o paradoxo dos que vivem intensamente? Não é que tenham energia para as coisas, é que das coisas ganham energia! Dancemos, meus caros! Que a nossa paralisia dormente à eternidade póstuma pertence.

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